Eu tenho 22 anos, ainda moro com meus pais. Minha vida não é bem como eu planejava. Perdi algumas coisas e aí então parei de lutar. Certo dia eu estava olhando pela janela do meu prédio, estava reparando nas pessoas que passavam pela rua. Eu vi vários sorrisos, várias caras. Vi também muita gente séria. Vi muitas pessoas correndo, se apressando com a vida.
Neste dia eu percebi que a vida passa mesmo muito rápido. Não nos espera, não pede-nos permissão para ir. E só quem perde ou ganha somos nós mesmos. E se é assim, porque ser infeliz? De nada adianta lamentar, o que temos que fazer é viver!
Se não buscarmos, quem irá? Se não sorrirmos, quem sorrirá?
E então, fui até a sala de estar e escrevi um bilhete.
" _ Mãe, fui ser feliz, e não volto! "
Não me pergunte pra onde eu vou, e nem o que espero viver.
Seriam respostas impossíveis, destinos imprevisíveis.
Não sei o que vai me acontecer amanhã, não faço ideia se vou sorrir ou se vou chorar.
O que sei é que o que perdi não me importa mais, me importa o que vou ganhar, quantas vezes vou sorrir.
Se tudo o que sonhei não era estar aqui, eu não preciso ficar. Basta ir buscar. Me locomover. Me levantar.
E então dessa vez eu me decidi. Já chega, acabou.
Vou fazer o que eu quero. Sem pestanejar. Ah, fala sério, só vou ali ser feliz rapidinho.
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