segunda-feira, outubro 10, 2011

Depois do felizes para sempre. [Parte I].

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Estava sentada no sofá, pensando e escutando o som da chuva que caia lá fora. Foi quando a campainha tocou. Estava tão imersa em meus pensamentos que por alguns segundos pensei se atenderia ou não a porta. E não atendi. Continuei mergulhada em meus pensamentos, enquanto que como música de fundo ouvia o toque incessante da campainha.
Naquele momento certo ar de irritação me veio à mente.

E então, me levantei e fui em direção à porta.
Quando olhei antes de abrir já imaginava o que me esperava.

Era ele.
Despenteado, molhado e ainda lindo.
Respirei fundo e abri a porta. Enquanto ainda tentava tomar forças para o olhar, ele começou a falar.
Era um bombardeio de palavras, as quais eu tentava não ouvir.

Mas era incontrolável, impossível dar as costas para ele.
Nos seus olhos havia lágrimas, e pela primeira vez eu o vi chorar.
Suas palavras se repetiam, e o seu desespero era completamente perceptível.

Imediatamente revivi toda a nossa história, que como um filme passava em minha mente. Até então, só me lembrava dos dias felizes, das falsas promessas, e do quanto ele era lindo.
O que doeria seria o depois. Quando o felizes para sempre terminasse. Porque ele sempre terminava. Essa era a parte eu odiava imaginar.

Como se me roubasse os meus pensamentos, o olhei ali, parado em minha frente.
Seus cabelos pingavam, e os seus olhos estavam vermelhos. Sua boca ainda atraente tremia, junto com todo seu corpo.

Mais uma vez respirei fundo e antes mesmo que pudesse falar ele me agarrou, e com um beijo arrancou de mim toda a proteção que eu vinha cultivando.
Nossos corpos se envolveram. E em meio a nossa respiração ofegante, quase podíamos ouvir nossos corações. Só então percebi o quanto sentia falta daquele cheiro. Do timbre daquela voz sussurrando em meu ouvido coisas que eu já sabia que amanhã ele iria esquecer. Mas como sempre, eu fingia não saber.

Sim, a gente se amou. Muito. Mas antes mesmo que o sol nascesse ele se foi.
Quando acordei encontrei um bilhete que dizia: "me desculpe, nossa noite foi um erro. Precisei ir, lamento muito."

Meus olhos ainda embaçados se forçaram para ler aquela frase, e minha mente se forçou a acreditar. Não que ele havia novamente ido embora, mas se forçou a acreditar que o que eu sentia por ele não me tinha feito novamente me enganar. Acreditando que dessa vez seria diferente, e que talvez, bem lá no fundo ainda houvesse esperanças para um possível "felizes para sempre".

continua ...

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