quinta-feira, setembro 22, 2011

A vida não é só um mar de rosas!


Seu nome era Eduarda. Duda como muitos a conheciam.
Duda era daquelas garotas que sorriam sempre. Que estava acostumada com tudo indo bem, e se não fosse, ela não dava a mínima. Ela sempre tinha alguém para fazer tudo que queria. Visitava salões de beleza semanalmente e estava sempre com os cabelos bem escovados. Seus amigos a paparicavam. Os professores da escola lhe davam as melhores notas. Nunca havia sido criticada. Duda vivia numa bolha!
E aquele dia era um dia especial para ela. Era seu aniversário de dezoito anos.

Então, Duda se arrumou mais linda que nunca, estampou aquele lindo sorriso no rosto e saiu.
Para ela era um sonho realizado. Mas ela não sabia que o encanto logo acabaria.
Alguns meses depois Duda foi estudar fora e teve de se mudar.

O problema é que Duda  não sabia fazer nada sozinha. Não cozinhava, não lavava, não sabia retirar dinheiro do banco. E então, foi aí que ela começou a descobrir o outro lado da vida. Onde os maiores prevalecem e os fracos ficam para trás.

Ela descobriu que agora ela era quem teria que fazer as coisas, senão, ninguém as faria.
E Duda começou a ralar.

Ela ainda tinha muita sorte por ter seu pai, que estava sempre disposto a ajudar-lhe.
Mas agora, quando estava longe, quem a iria ajudar?

Duda se lembrava muito bem daquele dia na faculdade. Onde uma professora praticamente a humilhou., dizendo que ela não prestava para nada e que deveria desistir.

E foi isso que ela quis fazer, mas não fez. Saiu correndo para sua casa, com esperanças de encontrar alguém sentado no sofá esperando por ela, alguém que lhe desse carinho, atenção e um ombro para chorar.

Mas isto não aconteceu. Ela sofreu sozinha, chorou sozinha e aprendeu a fazer curativos em sua ferida sozinha. Com o passar dos anos ela até que ia se adaptando muito bem a isto. Seus curativos iam ficando melhores a cada dia, e desse jeito as feridas cicatrizavam mais rápido também.

Duda teve que aprender com a própria vida a se virar, fazer curativos e esperar as feridas secarem. E desse jeito ela descobriu o quando a vida podia sim ser dolorida, e o quanto ela poderia sofrer por não desistir de lutar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, é sempre um prazer saber o que vocês leitores tem a dizer sobre o que postamos.
Obrigada por comentar e por visitar o blog.

É sua primeira vez aqui? Seja bem-vinda!