Abri minha gaveta pra olhar e vi aquele disco.
Um cd que você me deu naquela noite tão perfeita. É difícil me lembrar que naquela época eu procura discos para realmente entendê-los, decifrá-los. Você me ensinou assim!
Para mim nos discos não haviam apenas músicas, haviam cartas de amor e de ódio. Haviam histórias, fatos e denúncias. Eu realmente queria entendê-los.
Eles eram coloridos, diferentes, especiais.
Gosto de observar suas capas.
Eu sempre gostei de escolher uma música, colocar os fones de ouvido e me deitar sobre o gramado, enquanto olhava as estrelas, eu tentava decifrar casa sentimento do verdadeiro autor daquela música.
Eu me envolvia. E quero fazê-lo novamente.
Agora eu pego o disco e me dirijo até o lado de fora. Coloco meus fones de ouvido e começo a observar. Tento entender o que está vazio para mim. Me sinto confusa por não sentir absolutamente nada. Parece que escuto um disco em branco. A música já não se revela da mesma forma. As histórias não parecem mais reais e as palavras parecem não se encaixar. Eu não entendo, ouço o mesmo disco daquele dia, mas nada sinto.
A verdade é que, naquele disco nunca houve nada, ele estava em branco, e em cada vez que eu fingia o escutar, era eu mesma quem narrava a história em forma de música, só que somente na minha imaginação.
Agora acho que a perdi, assim como penso já ter perdido você.
Discos vazios não me são úteis. Precisariam de ao menos uma cor, ou uma capa. Ou até mesmo do mais importante, você!
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