sexta-feira, março 25, 2011

Sozinha, como se faltasse um pedaço!


Eu não sabia o quanto os minutos tinham valor, eu não quis prestar a atenção no que acontecia durante os momentos mais estúpidos do meu dia.
Isso até que eu me decepcionei como nunca antes.
Sempre acreditei na minha capacidade de definir o que era certo e o que era errado, mas parece que em certo momento da vida me perdi em meios a tantos ''achismos''.
Todos sempre me ensinaram que eu deveria expor minhas opiniões, sendo que eu nunca compreendi o porque eu precisava expor aquilo que cada um teria também e de forma completamente diferente.
Foi aí que encontrei você. Minha futura melhor amiga, minha futura companheira de todas as horas.
Nunca tive medo de me aproximar das pessoas. Na verdade eu adorava desvendar seus mistérios. Mas sempre fui tímida e reservada. Mas na hora de me envolver, isso sim eu fazia para valer.


Eu nunca tinha conhecido alguém como ela, éramos tão parecidas que as vezes eu cansava de mim mesma, das minhas próprias opiniões e queria seguir a dos outros. Eu confiei plenamente nela, entreguei minha amizade por completo.


Vivi tudo o que pude, sem precisar expor meus pensamentos. E quando finalmente resolvi fazê-los, vi que os parecidos não se atraem, eles se repelem. Sim, é a lei da física. Éramos tão iguais que não dávamos mais certo como amigas.
Queríamos as mesmas coisas, os mesmos amigos e tudo isso passou a ser uma ofensa quando quisemos o mesmo namorado.


Naquele momento não entendi que ela não era culpada, a culpa era simplesmente daquele minuto em que nós duas nos aproximamos. Aquele minuto em que perdemos o ônibus juntas e educadamente nos apresentamos e fizemos companhia uma a outra.
A culpa não era de ninguém. Talvez fosse um pouco da maldita igualdade que odeia ela mesma, e que só se da conta disso quando realmente a encontra.
Por um único minuto, pude perceber minha eternidade sem ela, sem a outra parte de mim que se expressava de maneira diferente.
Quanto a igualdade, eu não a odiava, só não sabia viver ao lado dela!

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