domingo, março 13, 2011

Era tudo medo.



Eu já o vira antes no colégio. Já tinha reparado bem no seu sorriso, e sabia muito bem que junto com ele sempre vinha aquela covinha no queixo. Que belo sorriso, como era contagiante!


Eu sempre o reparava, prestava a atenção no seu jeito de falar, nas gargalhadas que dava e também em como se vestia.


Eu não conseguia não olhar. Era simplesmente impossível não ver que ele estava ali. Talvez fosse pelo fato de que ele também me olhava, de que ele também reparava tudo que eu fazia.
Os olhos dele me atraiam de uma forma inexplicável, eu não conseguia desviar.


Que sentimento era aquele? 
Era como um frio na barriga, as vezes eu sentia vontade de rir sem motivo. Eu esperava que ele viesse até mim e fizesse um carinho em meu rosto, e eu sei que ele também!


Nós nos amávamos e não ficávamos juntos. Era imenso nosso carinho e a vontade de estar perto cada vez maior.
Nossos olhos se encontravam todas as vezes em que nos esbarrávamos, nossas bocas se abriam com intenção de uma aproximação, mas logo elas se fechavam!


Eu já não estava aguentando, sentia um aperto tão grande quando não o via. Acordava pensando no dia em que poderia pelo menos olhar para ele. Quando o via queria ir até lá e dizer que também o amava, que ele era lindo e que eu queria que ele fosse meu, para sempre.


Mas alguma coisa me impedia, todas as vezes que eu chegava perto dele, de falar, de me movimentar.
Certo dia eu estava sozinha, sentada naquele banco de sempre, foi aí então que ele se sentou, me segurou pelas mãos, olhou em meus olhos e disse: Era tudo medo!

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